Reconhecer é testemunhar o valor da existência. Neste momento, Fringe é quem mais precisa dele.
Talvez, se olharmos por um ângulo diferente o caso desta semana, veremos que nele reside uma grande metáfora. Uma metáfora equivalente ao momento ruim em que Fringe se encontra, devido a baixa audiência e o conseguinte risco de cancelamento. Pragmaticamente, vejo Eugene como "Fringe", invisível e a procura de reconhecimento do público americano. É incompreensível que menos de 3 milhões de pessoas acompanharam a exibição desta Fall Finale. Porém, garanto que destes 2.874 milhões, nenhum deles irá questionar a qualidade da série no momento em que se encontra.
Se Fringe é invisível aos olhos dos americanos a fora. Aqui no Canal de Séries, faço questão de dedicar horas para escrever uma humilde review semanal. Simplesmente por ser uma série que necessita de cautela em juntar tramas de maneira concisa, dedico a ela um tratamento especial, que pode ser futuramente recompensado com a palavra “renovação” ou “cancelamento”. Não saberemos até lá. A única coisa que sei é que não quero me preocupar com isso agora. Portanto, vamos ao episódio:
Se existe algo que aprendi ao longo destes anos vendo Fringe é a não confiar em dois personagens da série: Sam Weiss e Nina Sharp. Sobre a última, junto a Olivia eu estive a desconfiar de cada passo que dava desde o “Piloto”. Sendo que este 4x07 veio para provar que eu estava certo nas minhas suspeitas.
Não só uma metáfora com a situação atual de Fringe, o caso da semana também esteve diretamente ligado ao drama de Olivia. Portanto, desconsidero qualquer pessoa que venha me dizer que este foi um típico episódio “enche-lingüiça” que apresentou um caso aleatório. Simplesmente, porque não foi de modo algum. Em primeiro lugar, se não fosse por Eugene a série não teria base para levantar os questionamentos de Olivia sobre o cortexiphan e assim nos levar aos experimentos de Nina sobre a filha adotiva.
Se prestarmos atenção, veremos que o conteúdo da injeções dosadas à Olivia no final do episódio são da droga (Cortexiphan). Justificando assim as tais dores de cabeça que a personagem vinha tendo durante o período da noite. Desta forma, Fringe mais uma vez não deixa de rebuscar elementos das temporadas passadas para explorá-los de maneira nunca vista antes, ainda melhor, é ver que tudo na série tem um motivo subsistente como neste episódio. Grande exemplo está na decisão de Nina em adotar Olivia, pelo objetivo aparente de continuar com o tratamento de Cortexiphan. Outro parecer é de que os experimento poderiam estar sendo feitos para uso militar, afinal, por tal motivo Eugene foi mantido vivo todos estes anos.
Antes de encerrar a review, gostaria de fortificar minha teoria de que estamos sim no universo amarelo. Relembramos: a premissa básica para a criação de um novo universo é uma mudança que afete a linha de acontecimentos deste. Desta forma, acredito fielmente que a manipulação temporal que ocorreu em “The Day We Died” foi capaz de criar o universo amarelo (que de fato é o universo azul modificado). Mas quando um universo é criado, não necessariamente outro deve ser destruído. Portanto, acredito que o lado A continua intacto, restrito da existência de Peter que deverá seguir nesta jornada a caminho de casa no desenrolar dos próximos episódios e ser re-inserido a linha temporal do lado A. Acredito que com a tecnologia do lado B (que talvez devamos chamar de lado D) talvez ele possa.
Acredito nesta teoria do Universo Amarelo principalmente por Peter, cujo parecer é de que está 100% ciente de aquele não é o seu universo. Prova disto, o seu apoio ao relacionamento de Olivia com Lincolm ao comprá-lo um óculos que, convenhamos, coube muito melhor que a sua antiga armação dos anos 90.
Easter eggs:
O observador deu as caras, como de praxe, em mais uma crime scene. Foi complicado encontrá-lo em meio a multidão, mas para isto serve o tio Google. Confiram:
Dois glyphs podem ser vistos na cena da lanchonete enquanto Olivia e Lincoln dialogam. O primeiro, a flor margarida e, a segunda, a borboleta. Outro detalhe a ser acrescido é o ambiente em que se encontram. Não sei se vocês perceberam, mas esta é a mesma lanchonete que abre o episódio 1x06 "The Cure":
Porém, não foi a única aparição da borboleta – símbolo da série – no episódio. Houveram outras, como na estampa da cama da mulher que tem o apartamento invadido pelo homem invisível, assim como no segundo final do episódio, quando Nina deixa o apartamento de Olivia. Confiram:
Já que tem se falado tanto em saltos temporais nesta última temporada, um easter egg do episódio "Wallflower" me chamou atenção para outro antigo easter egg da 1ª temporada (episódio “There’s More Than One of Everything”). No atual 4x07, vemos na cena final Eugene morrer dentro do elevador enquanto este continua a subir andares. Percebam que do andar de número 12 o elevador pula direto para o andar de número 14. Como se não existisse andar de número 13. Isso já é um easter egg recorrente na série. Vejam na figura abaixo que na cena final do episódio 1x20, quando Olivia sobe de elevador até a sala de William Bell, ele não marca o andar de número 13 também. Interessante, não?
Saibam que na verdade isso é comum em muitos dos prédios norte-americanos (não tão comum), pois alguns edifícios pulam o andar 13. Isso nos remete a um tipo raro de fobia, chamada de Triscaidecafobia, ou medo do número 13. Para provar que isto não é uma adulteração de imagem, convido vocês a re-assistirem a cena, tanto do episódio “Wallflower” (a qual tenho certeza de que muitos de vocês ainda o tem guardado no HD do computador) quanto do episódio “There’s More Than One of Everything” que pode ser vista a seguir:
Me chamem de paranóico, mas não pude evitar de notar a presença absurda de objetos, lugares e roupas azuis neste episódio. Pode ser uma maneira de dizer que ainda estamos no lado A e que minha teoria esta errada em todos os sentidos sobre o Universo Amarelo, talvez paranóia ou até mesmo um sinal de que voltaremos ao universo azul em breve. Não sei. Mas que fique novamente a título de curiosidade, a seguir.
O Glyphs Code deste episódio soletrou o nome DAVID. A primeira coisa que me veio a mente foi David Robert Jones, personagem antagonista da primeira temporada. Se adicionarmos a palavra desta semana "DAVID" às dos episódios anteriores, formamos: "DAVID STILL LIVING", "David ainda está vivo". Mas então qual seria a ligação de David à este episódio? (Visto que os glyphs na maioria das vezes relacionam-se diretamente ao episódio em que é visto).
Na verdade, “Wallflower” não apresenta qualquer ligação ao personagem, porém o episódio posterior "Back To Where You've Never Been" que só será exibido em Janeiro tem ligação. Então o glyphs é a dica para o próximo episódio? Sim. Percebam no promo do episódio a seguir (exatamente no segundo 0:38), David aparece. Confiram:
O Glyphs Code deste episódio soletrou o nome DAVID. A primeira coisa que me veio a mente foi David Robert Jones, personagem antagonista da primeira temporada. Se adicionarmos a palavra desta semana "DAVID" às dos episódios anteriores, formamos: "DAVID STILL LIVING", "David ainda está vivo". Mas então qual seria a ligação de David à este episódio? (Visto que os glyphs na maioria das vezes relacionam-se diretamente ao episódio em que é visto).
Na verdade, “Wallflower” não apresenta qualquer ligação ao personagem, porém o episódio posterior "Back To Where You've Never Been" que só será exibido em Janeiro tem ligação. Então o glyphs é a dica para o próximo episódio? Sim. Percebam no promo do episódio a seguir (exatamente no segundo 0:38), David aparece. Confiram:
Até janeiro de 2012, galera!
Canal de Séries, Por Gabriel Dias.
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