Apenas um peão.
Não é a primeira, nem última vez que os roteiristas de Fringe comparam a própria obra como uma grande partida de xadres. Algo de fato pertinente de vermos que aqui também há dois lados, dois adversários, diversos peões e algumas peças importantes.
E como em toda partida de xadrez, alguns peões são derrubados - um deles foi Lincoln, cujo enterro acompanhamos no prólogo do episódio. E até Broyles que apesar de ser uma peça importante pode ser eliminada como qualquer outro.
"The Consultant" é mais um episódio dessa excelente 4ª temporada que dá retorno a acontecimentos passados, não para aproveitar, mas para dar ligação à trama. Este 4x18, portanto, se espelha em um dos episódios mais emocionantes a qual Fringe já pôde realizar, o 3x07 "The Abducted", onde Christopher, filho de Broyles é sequestrado e este conta com a ajuda de Olivia para encontrá-lo. Grato, Broyles ajuda Olivia a voltar ao seu universo. O que de fato custa à ele a vida.
Tudo isso apenas me remete a fala que Walter pronunciou neste 4x18, onde em mais algumas de suas sábias palavras ele diz à Bolívia: "Não o julgue. Ninguém pode ter certeza do que eles são capazes; O quão longe irão para salvar aqueles que amam. Eu sei disso mais do que os outros."
Descobrir quais eram as intenções de Broyles e os riscos a qual ele esteve disposto a correr por seu filho, dá a nós telespectadores aquele mesmo sentimento que tivemos por Walter quando este abriu um portal para o outro universo e levou o pequeno Peter para sua "casa". Broyles ajudando seu filho também derruba, obviamente, a teoria anterior de que ele havia sido substituído por um shapeshifter. Ele é o mesmo, apenas humano e tentando corroborar com a saúde do seu filho.
Dito isso, cada vez mais sinto uma necessidade dos roteiristas em nos fazer criar vínculos com todos os personagens de sua série. Como se fosse preciso. Talvez pela próximidade com o fim de Fringe, (ruim falar isso, mas é verdade) os produtores queiram deixar ao máximo o sentimento mais dolorido de um fim: a saudade.
Vide Astrid dando um pote de café para Bastrid. Eis duas personagens que aprendi a gostar nesta temporada graças ao roteiro de Jeff Pinkner e J.H. Wyman que sabem como dosar com maestria o drama com o sci-fi. Ademais, na próxima vez, sugiro outro presente para Bastrid: a chapinha de 2026.
Outro momento de vínculo entre os personagens decorreu através de Bolivia e Walter. Dois dos meus personagens preferidos interajindo como nunca antes visto, um de roupão e o outro bêbado. Não particularmente nesta ordem.
Jones, por sua vez, ainda encontra-se como o ponto vago da temporada. Entendo a intenção de criar-se mistério pela falta de qualquer informação sobre o vilão, suas verdadeiras intenções e seus motivos, porém ainda não consigo temer sua figura como alguém que promete unir dois universos com frequências sonoras. Talvez o roteiro esteja querendo nos mostrar que a falta de evidências pode ser a maior delas (vide Sherlock Holmes), mas no momento Jones é, para mim, uma grande interrogação.
Descobrir quais eram as intenções de Broyles e os riscos a qual ele esteve disposto a correr por seu filho, dá a nós telespectadores aquele mesmo sentimento que tivemos por Walter quando este abriu um portal para o outro universo e levou o pequeno Peter para sua "casa". Broyles ajudando seu filho também derruba, obviamente, a teoria anterior de que ele havia sido substituído por um shapeshifter. Ele é o mesmo, apenas humano e tentando corroborar com a saúde do seu filho.
Dito isso, cada vez mais sinto uma necessidade dos roteiristas em nos fazer criar vínculos com todos os personagens de sua série. Como se fosse preciso. Talvez pela próximidade com o fim de Fringe, (ruim falar isso, mas é verdade) os produtores queiram deixar ao máximo o sentimento mais dolorido de um fim: a saudade.
Vide Astrid dando um pote de café para Bastrid. Eis duas personagens que aprendi a gostar nesta temporada graças ao roteiro de Jeff Pinkner e J.H. Wyman que sabem como dosar com maestria o drama com o sci-fi. Ademais, na próxima vez, sugiro outro presente para Bastrid: a chapinha de 2026.
Outro momento de vínculo entre os personagens decorreu através de Bolivia e Walter. Dois dos meus personagens preferidos interajindo como nunca antes visto, um de roupão e o outro bêbado. Não particularmente nesta ordem.
Jones, por sua vez, ainda encontra-se como o ponto vago da temporada. Entendo a intenção de criar-se mistério pela falta de qualquer informação sobre o vilão, suas verdadeiras intenções e seus motivos, porém ainda não consigo temer sua figura como alguém que promete unir dois universos com frequências sonoras. Talvez o roteiro esteja querendo nos mostrar que a falta de evidências pode ser a maior delas (vide Sherlock Holmes), mas no momento Jones é, para mim, uma grande interrogação.
Vale destacar também que através deste episódio pudemos entender um pouco mais sobre o funcionamento da Máquina do Apocalípse. Coforme vimos, o espaço/tempo dos universos pode ser facilmente controlado por frequências sonoras. Logo cheguei a conclusão que a Máquina do Apocalípse não passa de uma grande caixa de som capaz de produzir frequências sonoras, de modo que se colocadas em paralelo podem unir e trincar ambos os universos, o que de fato traria consequências catastróficas. Uma delas: pessoas caindo de aviões.
Easter Egg:
Todos os episódios de Fringe guardam pistas que contém informações sobre o episódio seguinte. Algumas difíceis de se identificar, outras bem claras - como desta semana. Neste 4x18 é possível ver na cena em que Lincoln, Bolivia e Walter estão a caminho da Ilha da Liberdade a seguinte notação na parede: "Checkpoint 20-36". Alusão clara ao episódio da semana que vem onde a série dará um salto temporal no futuro, mais especificamente, para o ano de 2036. Veja:
O observador nesta semana, particularmente, foi um dos mais fáceis de se encontrar. É possível vê-lo logo atrás de Robert David Jones quando este está subindo as escadas para ir de encontro à Broyles. Veja:
O Glyphs Code da semana soletra a palavra Simon. Logo não pude encontrar qualquer ligação que este nome tenha com o episódio desta semana "The Consultant", porém pude encontrar uma ligação com outro episódio, mas especificamente, o 2x10 "Grey Matters" - acredito que "Simon" esteja relacionado ao final do episódio, onde em um flashback é revelado que William Bell usa um nome diferente do próprio, Dr. Simon Paris. Alguma chance de que Belly voltará à Fringe? Por precaução, melhor não aceitar bebidas de estranhos, especialmente xás.
Neste episódio, há uma estranha brincadeira com as luzes que compõem a maioria das cenas noturnas. Logo não pude deixar de notar que surgem luzes azuis, vermelhas e até verdes durante alguns dos diálogos que vimos nas cenas abaixo:
Outro detalhe curioso encontra-se no quarto do filho de Broyles, onde os prendedores usados no quadro abaixo são todos vermelhos e azuis (cor dos universos/mundos), enquanto as faixas/linhas possuem cor amarela e verde (o que muitos acreditam ser as cores das linhas temporais), veja:
Dando continuidade à "piração", vale destacar também as bolas que vemos na loja de brinquedos logo atrás de Walter, o que chama atenção aqui também são as cores. Fica também à título de curiosidade que a vítima deitada usa uma duas blusas, uma de cor azul e outra vermelha.
A brincadeira com as cores continua: notem como os fios do dispositivo encontrado por Peter dentro do táxi tem as cores azul e vermelho, em referência as cores do universos A e B. Se pensarmos que a principal função do dipositivo era ligar os univeros através da combinação de suas frequências, podemos supor que cada cor represente a frequência de um universo.
E como de praxe também tivemos neste episódio uma referência à "Lost" (outra produção de J.J. Abrams). Uma das referências mais legais que a série já fez. Entenda: vimos no início do episódio a vítima da semana sofrer uma queda de avião instantânea dentro de uma sala de reuniões, logo atrás dele é possível ver que o nome da empresa onde se encontra é Aartz Holdings. Sendo que Aartz era o nome de um dos sobreviventes do voo Oceanic 815 em "Lost", aquele que foi pelos ares após brincar com dinamite. Lembram-se? (reveja a cena aqui).
Mais um easter egg divertido pode ser visto na sala de Broyles. Lembram-se daquela ponte do episódio "The Man From The Other Side" (a que vemos aqui)? Pois é, ela continua estampando um dos quadros da sala do coronel. E não para por aí, neste mesmo episódio vemos na cena do crime do táxi a mesma ponte. Veja:
Para finalizar mais uma referência à "Lost": neste episódio, Olivia diz ter uma lista de 108 suspeitos, número correspondente a soma dos números "malditos", ou melhor, 4 8 15 16 23 42.
O observador nesta semana, particularmente, foi um dos mais fáceis de se encontrar. É possível vê-lo logo atrás de Robert David Jones quando este está subindo as escadas para ir de encontro à Broyles. Veja:
O Glyphs Code da semana soletra a palavra Simon. Logo não pude encontrar qualquer ligação que este nome tenha com o episódio desta semana "The Consultant", porém pude encontrar uma ligação com outro episódio, mas especificamente, o 2x10 "Grey Matters" - acredito que "Simon" esteja relacionado ao final do episódio, onde em um flashback é revelado que William Bell usa um nome diferente do próprio, Dr. Simon Paris. Alguma chance de que Belly voltará à Fringe? Por precaução, melhor não aceitar bebidas de estranhos, especialmente xás.
Neste episódio, há uma estranha brincadeira com as luzes que compõem a maioria das cenas noturnas. Logo não pude deixar de notar que surgem luzes azuis, vermelhas e até verdes durante alguns dos diálogos que vimos nas cenas abaixo:
Outro detalhe curioso encontra-se no quarto do filho de Broyles, onde os prendedores usados no quadro abaixo são todos vermelhos e azuis (cor dos universos/mundos), enquanto as faixas/linhas possuem cor amarela e verde (o que muitos acreditam ser as cores das linhas temporais), veja:
Dando continuidade à "piração", vale destacar também as bolas que vemos na loja de brinquedos logo atrás de Walter, o que chama atenção aqui também são as cores. Fica também à título de curiosidade que a vítima deitada usa uma duas blusas, uma de cor azul e outra vermelha.
A brincadeira com as cores continua: notem como os fios do dispositivo encontrado por Peter dentro do táxi tem as cores azul e vermelho, em referência as cores do universos A e B. Se pensarmos que a principal função do dipositivo era ligar os univeros através da combinação de suas frequências, podemos supor que cada cor represente a frequência de um universo.
E como de praxe também tivemos neste episódio uma referência à "Lost" (outra produção de J.J. Abrams). Uma das referências mais legais que a série já fez. Entenda: vimos no início do episódio a vítima da semana sofrer uma queda de avião instantânea dentro de uma sala de reuniões, logo atrás dele é possível ver que o nome da empresa onde se encontra é Aartz Holdings. Sendo que Aartz era o nome de um dos sobreviventes do voo Oceanic 815 em "Lost", aquele que foi pelos ares após brincar com dinamite. Lembram-se? (reveja a cena aqui).
Outro easter egg tão comum quanto referências à Lost, é a sequência verde-verde-verde-vermelho que já vimos ser usada por inúmeras vezes pelas "vítimas" de hipnose de Walter. Nesse episódio é possível ver as luzes no dispositivo usado por Jones para unir as frequências dos universos. Com um exceto: a sequência ocorre em sentido contrário, de modo que o vermelho vem antes das luzes verdes que piscam por três vezes em sequência. Veja:
Para finalizar mais uma referência à "Lost": neste episódio, Olivia diz ter uma lista de 108 suspeitos, número correspondente a soma dos números "malditos", ou melhor, 4 8 15 16 23 42.
Até semana que vem, galera! E se preparem para o temido episódio 19.
Canal de Séries, Por Gabriel Dias.
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